quinta-feira, abril 20, 2006

medo de pirilampos..

Com a luz não são nada (para além deles mesmo)
Mas na beleza selvagem do escuro
Surgem luzes que assusstam..
Percorrem-me dores e arrepios;
Há luz (como vejo)..

Que será aquele astro caído?
Quem teria sido eu há 10 minutos?

Passos e uma voz grave;
Sou eu quem falo?

Essas cores espalhadas pelo chão
[não as pises!]
Vêm do teu respirar
Mulher celeste ou lua?

Coisa preciosa o (teu) cheiro fresco a água..

E estas testemunhas de luz..
Haverá algo para além de uma pergunta?
essas campas para onde iremos sempre entrar..

Não!
Quebra os impossiveis.. e, em comunhão com a natureza, desapareces..
Cais como uma folha falsamente perene..
E a tua pele permanece branca e suave..

O frio não existe..
Uma explosão percute os meus olhos..
Nada ouço..

Sumido, dissipado, disperso, inutlizado, esquecido, inútil, naufragado (mas não sem nau), louco,
corrupto ou corrompido pelos poderes do tempo, perdido..

NÃO ARRANCO PÁGINAS!

domingo, abril 16, 2006

bottle up and explode over and over keep the troublemaker below
put it away and check out for the day
and in for a round of overexposure
the thing mother nature provides to get up and go
bottle up and explode seeing the stars surrounding you
red white and blue
you look and him like you’ve never known him
but i know for a fact that you have
the last time you cried who’d you think was inside?
thinking that you were about to come over
but i’m tired now of waiting for you
you never show
bottle up and go, if you’re gonna hide it’s up to you
i’m coming through
bottle up and go, i can make it outside
i’ll get though becoming you
becoming you
becoming you

domingo, abril 09, 2006

Eu acredito

Eu acredito: na ausência de ausência, na beleza do desiquilibrio, no cinzento como cor, no frio que me enregela e corta, na dor, na pessoa, na música, na arte, na sinceridade do cheiro a café, na necessidade de justiça, na mulher, no sexo, na vontade, no tédio de ser invísivel, no poder da solidão, na ciência, no pensamento, na luz, no passado, no desencontro, no comunismo, na verdade, na velhice, no erro, na incerteza, na tentativa, no construir, na vida, na morte, no ciclo, no desconhecido, no imperfeito, em ti e em tudo o que isso significa..
vejo-te como um raio de luz,
uma flor laranja num jardim cinzento,
uma chávena de chá que conforta e acalma,
a beleza de dar a nota perfeita no momento certo.

Olho para ti na esperança maravilhada de que sintas como sinto,
na certeza que tudo faz sentido (sem saber porquê),
com a ansiedade de quem descobre tudo outra vez (e se fascina).

Sinto-me como uma noite de Verão passada a tocar com amigos e cerveja,
como uma manhã a nadar no mar enquanto chove,
como um pôr-do-sol a tornar-me completo e pequeno,
como uma corrida pelos campos onde respiro vida.

Sinto o calor da minha respiração,
a agitação da tua existência,
a calma da tua presença;
esta paz fugaz que me toca,
mas não me abraça senão com o teu abraço.

Que faço?

Encosto a minha cabeça ao tampo frio da mesa,
Corro rápido para qualquer lado,
Solto sorrisos e deixo-os voar,
Espero pelo teu sorriso luminoso.

Persigo as tuas sobrancelhas rasgadas,
Anseio pelo teu cheiro nas minhas mãos,
O teu toque na minha pele
e este arrepio que me percorreu...
Porque caminhas tão devagar à chuva?
Porque não te abrigas (ou sequer procuras abrigo)?
Vives sabendo que o teu cheiro vive em cada suspiro meu.
Anseio pelo toque na tua pele.
Caço e persigo o teu olhar
Busco, sem nunca desistir, o teu olhar.

Onde estás esta noite?
Que brilho te possui?

Tantas perguntas caem com estas gotas...

quarta-feira, abril 05, 2006

a noite

sinto a brisa fresca e o silencio
o vento que empurra as palavras e as encaixa no melhor lugar
o vazio nao desaparece e continua pronto para me libertar
era bom se agora chovesse
era bom molhar os labios com as gotas puras de ninguem

continua sempre
e é bom saber
que nao pára nunca

sonhar acordado e imaginar como seria se o pano nunca caisse

faz sentido, para mim faz sentido...