domingo, junho 08, 2008

tu escondes o sentimento e eu procuro a razão

sejamos vulgares, sim?

deixa cair a cortina e avança
vem, sim!
vem e senta-te, comigo, na margem.

está tudo tão calmo, não vês?

sente o vento quente da paixão, sente as caricias desta brisa tão leve..

e deixa-o partir com a noite, deixa-as cair sem sentido..

bebe. bebe mais um gole.
bebe mais desta fonte inesgotável de sentimento
e
deixa-a correr para o rio (rio de mágoas e dor), e dai para o mar (mar de desgostos e memórias, tão vivas e marcantes).

deixemos então o espaço dar sentido ao tempo
e quando tudo estiver no ponto,
faltará abrir o coração e falar






..



silêncio...

...




..............

..




............ silêncio?







.....






.......................


e se eu, então, te disser que nunca mais
e tu, com raiva, não me quiseres ouvir

e, se tu me abraçares com força,
e, aí, chorares no meu ombro,

e eu abrir espaços em mim


então mais vale quebrar o grilhão que nos prende
e arrancar com força a verdade
que, profunda e pesada e cheia de muito,
se afoga em nós há tanto tanto tempo,

e que, assim, e a partir de tão pouco,
consome um pedaço enorme de mim

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

mmmmmmm.
este precisa de uma certa digestão.

9/6/08 23:39  
Blogger . said...

Mas está muito bom.

13/6/08 11:35  
Blogger soares said...

Porque é que nao o fizeste?

15/6/08 03:22  
Anonymous Anónimo said...

a escreveres coisas assim só dá vontade de te abraçar, mesmo.

26/12/08 18:03  

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