quinta-feira, maio 24, 2007

Quero regressar (devagar)

A vitória do tempo e os amigos à espera.

Nunca gostei de deixar as coisas;

Menos ainda de ferir ou ver sofrer.

Prefiro correr por sítios conhecidos ou desconhecidos

e pensar como só assim consigo.

Este tesouro que eles julgam que tenho

Sinto que eu próprio o estou a perder.

Não sei se falo da juventude ou da virtude.

Porque será que a perfeição só dura dois minutos

e outros sete segundos?

Está a ficar calor de novo

E nascemos há três dias.

Estranho, não é?

Que cabelos escolher, não os meus;

nunca para mim.

Isto resume-se a uma dança

Um compasso ou outra divisão,

Finita como quase tudo.

Vou ter a coragem de viver um instrumental e

largar a voz (não que saiba cantar).

Caminho (ora se estou cansado)

e pergunto as horas a uma senhora desorientada:

Julga estar na rua.

Senhoras e senhores estamos a flutuar no tempo.