quarta-feira, agosto 31, 2005

Bancos corridos de mogno,
Madeira escura convida
Raios alvos de luz
A entrar
Pelas altas janelas.

Pele engelhada e áspera,
Marcas desse vil tempo.
Há (ainda) um refulgente olho azul
Na cara de triste enternecimento.
Beleza na dor, Amor na velhice,
Aspereza na seda, Vermelho no negro.

Tudo isto vejo-o
Agora, nesta réstea de claridade
que cessa com o soprar da noite.