segunda-feira, fevereiro 21, 2005

ai.....

ontem de noite, depois de não fazer nada o dia inteiro, dei por mim a pegar nos livros e olhar de frente para o que devia saber de cor para o dia seguinte .e não quis. deitei-me, a olhar para cima, cabeça pousada nos livros. a olhar dei por mim a suspirar por tempo.

preciso de tempo. tempo para o que não posso fazer. tempo para não fazer nada! quero ficar deitado 5horas seguidas a olhar para o sol! e não posso. sinto uma vontade tão forte de fugir por uns dias, de me baldar de tudo por uns dias, de desaparecer por uns dias. quero acabar com a pressão que me atormenta.
Será que ninguem percebe que eu preciso de parar? quero paz por uns dias, quero saborear a vida.
e anseio por ouvir os passaros, por sentir o vento na cara, por olhar para algo belo, realmente belo. ponho-me a pensar em ficar abstraido do mundo, ligado apenas ao que me rodeia. longe de tudo. e eu quero saborear tudo. tudo o que não sinto. estou com pressa de viver, e estou preso entre 4 paredes.
e é tão mau... ir todos os dias para o sitio onde não tens algo que te faça feliz.

de reparar: era eu puto e a rotina diaria envolvia a felicidade dos amiguinhos na escola,da borga constante, da falta de limites para la dos que eu impusesse a mim mesmo. cresço e tudo muda. cada vez tenho menos tempo para desperdiçar e cada vez tenho mais coisas com que o ocupar! e é terrivel. é demasiada pressão para um gajo que não sabe se ainda aqui está. é mau porque se fazes a coisa certa ninguem te diz nada, mas se fazes o menos bom é porque és mesmo o pior..

e ninguem te conhece.
tentar conversar sobre alguma coisa leva-te a um campo minado onde tens de mostrar o caminho aquele que te guia...

dei por mim a sentir um vazio tão grande... Acredito que isto é apenas uma fase. claro que esta falta de tudo não pode ser permanente. porque apesar da escuridão omocional, ainda tenho umas poucas vezes em que sou feliz, em que tenho um motivo para sorrir. mas nada demais. nada que me faça pensar em algo especial, mais tarde.
o bom vem, vai. e a vida é longa, ele há de voltar...