o que a musica é, foi e será.
para mim..
em 2002.tudo começou em 2002.estava com um amigo na fnac.ele a roubar um cd, eu a ver como se fazia. às tantas dou por mim a olhar directamente para os cds.
em casa tinha musica, claro. tinha 5, encostados ao leitor de cds.
na altura pensava eu: qualquer pessoa "gosta" de musica. qualquer pessoa "ouve" musica. a musica faz parte da vida de cada um. como estava enganado...
a minha maneira de ver a musica era: tem instrumentos e gajos a cantar,claro. às vezes os gajos não cantam. outras vezes os instrumentos não tocam.
mas não podia ser mais que aquilo? claro, mas nessa altura estava cego. ainda me faltava ver a luz, como o verdadeiro filosofo.
então, "ouvia" musica quando estava. "ouvia" radio quando estudava. "ouvia" musica no carro. "ouvia" musica quando lia."ouvia" musica quando...
mas não ouvia musica, simplesmente...
e, nesse dia na fnac, dei por mim a observar os cds. e vi um, muito especial. vi um chamado "nirvana". e eu vi um cd chamado nirvana. só, pura e simplesmente. capa preta, letras prateadas. achei engraçado. e disse para mim mesmo:"vou comprar, eu tenho dinheiro..". foi um gesto importante. se não o tivesse feito, hoje não era eu. comprei o cd.
gostei e, durante (acho que) vários meses, ouvi aquele cd repetidamente.
então, "ouvia" quando estava. "ouvia" quando estudava. "ouvia" no carro. "ouvia" quando lia."ouvia" quando...
ainda não ouvia musica,mas ja "ouvia" musica! e punha-o a tocar quando ia dormir.
foi entao que procurei mais.
procure.
encontrei, pedi emprestados, comprei. tive cd's que hoje ja deitei fora. basicamente, procurei o meu som. dei por mim a ouvir um pouco mais. em pouco tempo alargara a minha colecçao às bandas que os outros me iam recomendando. mas eu gostava era dos nirvana. ouvia imenso, li(e leio) livros. e quase me tornei fanático. escapei.
mais tarde vim a ouvir strokes, e, dai ao tal mundo meu, foi um passo muito pequeno. abandonei o que os outros classificassem, e passei a ouvir tudo o que gostasse(os outros que se fodam!). descobri que a musica não tem fronteiras. e aprendi a ouvir. a ouvir, e não "ouvir". (diga-se que aconteceu: ponto. num momento a musica era uma coisa e noutro uma outra, completamente nova. passei a poder fechar os olhos, sentir de uma maneira diferente)
ontem.
estava no quarto, a ler. tinha comprado 3 livros. um deles era a autobiografia do kurt. esse eu li de noite. e quando acabei fiquei a pensar na musica que ja não ouvia à mais de um ano. fui procurar o cd à estante e lá estava ele. todo riscado, mas ainda toca(esquecendo a musica um, que ja não se salva). o cd ainda estava na minha cabeça.e hoje, passado quase um ano, embora o som ainda lá esteja, consegui olhar para ele de uma maneira diferente. consegui ouvir o cd, e não apenas "ouvir". e foi bonito...
(este cd, eu nunca vou substituir.)
em 2002.tudo começou em 2002.estava com um amigo na fnac.ele a roubar um cd, eu a ver como se fazia. às tantas dou por mim a olhar directamente para os cds.
em casa tinha musica, claro. tinha 5, encostados ao leitor de cds.
na altura pensava eu: qualquer pessoa "gosta" de musica. qualquer pessoa "ouve" musica. a musica faz parte da vida de cada um. como estava enganado...
a minha maneira de ver a musica era: tem instrumentos e gajos a cantar,claro. às vezes os gajos não cantam. outras vezes os instrumentos não tocam.
mas não podia ser mais que aquilo? claro, mas nessa altura estava cego. ainda me faltava ver a luz, como o verdadeiro filosofo.
então, "ouvia" musica quando estava. "ouvia" radio quando estudava. "ouvia" musica no carro. "ouvia" musica quando lia."ouvia" musica quando...
mas não ouvia musica, simplesmente...
e, nesse dia na fnac, dei por mim a observar os cds. e vi um, muito especial. vi um chamado "nirvana". e eu vi um cd chamado nirvana. só, pura e simplesmente. capa preta, letras prateadas. achei engraçado. e disse para mim mesmo:"vou comprar, eu tenho dinheiro..". foi um gesto importante. se não o tivesse feito, hoje não era eu. comprei o cd.
gostei e, durante (acho que) vários meses, ouvi aquele cd repetidamente.
então, "ouvia" quando estava. "ouvia" quando estudava. "ouvia" no carro. "ouvia" quando lia."ouvia" quando...
ainda não ouvia musica,mas ja "ouvia" musica! e punha-o a tocar quando ia dormir.
foi entao que procurei mais.
procure.
encontrei, pedi emprestados, comprei. tive cd's que hoje ja deitei fora. basicamente, procurei o meu som. dei por mim a ouvir um pouco mais. em pouco tempo alargara a minha colecçao às bandas que os outros me iam recomendando. mas eu gostava era dos nirvana. ouvia imenso, li(e leio) livros. e quase me tornei fanático. escapei.
mais tarde vim a ouvir strokes, e, dai ao tal mundo meu, foi um passo muito pequeno. abandonei o que os outros classificassem, e passei a ouvir tudo o que gostasse(os outros que se fodam!). descobri que a musica não tem fronteiras. e aprendi a ouvir. a ouvir, e não "ouvir". (diga-se que aconteceu: ponto. num momento a musica era uma coisa e noutro uma outra, completamente nova. passei a poder fechar os olhos, sentir de uma maneira diferente)
ontem.
estava no quarto, a ler. tinha comprado 3 livros. um deles era a autobiografia do kurt. esse eu li de noite. e quando acabei fiquei a pensar na musica que ja não ouvia à mais de um ano. fui procurar o cd à estante e lá estava ele. todo riscado, mas ainda toca(esquecendo a musica um, que ja não se salva). o cd ainda estava na minha cabeça.e hoje, passado quase um ano, embora o som ainda lá esteja, consegui olhar para ele de uma maneira diferente. consegui ouvir o cd, e não apenas "ouvir". e foi bonito...
(este cd, eu nunca vou substituir.)
posted by Rasputine at 11:17 da tarde
1 Comments:
tenho gostado do que escreves, mas identifiquei-me sobretudo com o que escreveste aqui... foi com nirvana que eu comecei a ouvir a verdadeira musica, +/- na mesma altura que tu e hoje em dia até posso ficar muito tempo sem pegar num cd deles, mas qd volto a ouvir a sensação que me invade é ainda a mesma, e é indescritivel!
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