terça-feira, fevereiro 21, 2006

À noite

À noite,
Quando a criatividade me assalta,
Descubro tudo o que tenho para fazer,
Lembro aquilo que não fiz,
Lamento o tempo que perdi...

À noite,
A porta não fecha e as luzes doêm
O silêncio não morde e a dor não dorme.

À noite,
Escrevinho ideias num papel colorido,
Raspo as minhas crostas devagar...

À noite,
Luto contra o bom senso,
Descubro assimetrias e velhos dias,
Corro respirações antigas e simples,
Encerro caixas e cadernos...

À noite,
Quando o silêncio é música,
Tudo cheira a papel queimado.
Sorvo mais um trago de luar.
Deito-me para não mais acordar...