domingo, outubro 02, 2005

Aconchego-me no saco-cama. Os acordes do Old Jerusalem acompanham-me e fazem-me relembrar o concerto.
Tudo o que é raro é valioso. Porque nunca nos chegamos a fartar de algo que existe pouco. Ansiamos por isso. Quando o conseguimos ficamos alegres e apreciamos então. O ser humano tem tendência para o tédio com o demasiado seguro, certo e constante. Com as pessoas e sobretudo com os sentimentos corremos o risco de banalizar algo que é (ou pode ser) peculiar e raro. Dizer todos os dias que gosto de alguém acaba por não fazer sentido (mesmo que isso faça sentido todos os dias). O significado e a sinceridade esbatem-se com a repetição e enjoam com a falta de espontaneidade. Se hoje, agora, sinto que gosto de alguém não o vou exibir nem espalhar por todo o lado. Se me apetecer dizê-lo então fá-lo-ei procurando, contudo, nunca o vulgarizar. Para que quando seja dito valha algo quer pela sua sinceridade quer pela sua raridade.

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

As coisas nao funcionam bem assim. Se uma coisa faz sentido todos os dias deve ser demonstrada todos os dias. Concordo que os sentimentos nao devem ser verbalizados, e esbatidos com a repetiçao. Mas há maneiras engraçadas de os podermos cantar sem letras, mesmo sem sonoro.

(ficava bonito um gosto de ti agr ;) )*

5/10/05 15:00  
Anonymous Anónimo said...

ñ precisas de "dizer", mas ñ podes parar de o demonstrar.ñ banalizas,diversificas a maneira como o fazes sem o tornar banal e sem sentido.qd deixas de o demonstrar...

30/10/05 23:07  
Blogger alter-becas said...

demonstro ao senti-lo apenas?

31/10/05 22:22  
Anonymous Anónimo said...

ñ...

2/12/05 12:57  
Anonymous Anónimo said...

e a repetição n te cansa?

E o fim não te assusta?

E sentir o k e?

e demonstrar como fazes?

2/12/05 21:46  
Anonymous Anónimo said...

ñ conheces o fim, porque assustar-m com isso?

10/12/05 20:47  
Anonymous Anónimo said...

por isso mm

13/1/06 18:33  

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