quinta-feira, março 10, 2005

um mar de indiferença se alevanta
uma onda, uma vaga. vaga essa que te turva os sentidos

de repente

e de uma vez
nada mais vês
não vês akele que te agarra
e não sentes a faca que te atinge
não vês o sangue que te cai nos joelhos
não saboreias aquele trago metálico
o cheiro intenso que não te atormenta
não sentes a dor que se espalha gradualmente
movimentos presos
não ouves o silencio que se fez
nem muito consegues soltar o berro da agonia
não te sentes cair, moribundo, no chao..
o vazio mental permanece
e sem saber, morres para todos nós